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Estimulação Magnética Transcraniana

Tratamentos – Inerva

A estimulação magnética transcraniana é uma técnica na qual são gerados campos magnéticos de alta potência de 1,5 Tesla, a mesma potência de ressonâncias magnéticas encontradas nos hospitais, com a diferença de que o campo magnético é pequeno e focal, de um tamanho suficiente para transpassar a pele, o crânio e chegar na superfície do cérebro com a finalidade de estimular apenas a região desejada.

A técnica da estimulação magnética transcraniana ou EMT gera potenciais elétricos nos neurônios pelos quais o campo magnético atravessa. Os corpos neuronais se comportam como verdadeiros fios de cobre e, quando o campo magnético atravessa uma estrutura condutora resulta em uma corrente elétrica naquela estrutura.Dessa maneira, conseguimos gerar atividade elétrica em determinados pontos do cérebro, estimulando ou inibindo. 

É possível realizar estímulos excitatórios ou inibitórios dependendo da frequência dos pulsos magnéticos. Caso a frequência de pulsos magnéticos seja de 10 hertz ou mais é uma frequência excitatória; caso seja uma frequência de 1 hertz ou menos trata-se de uma frequência inibitória.

O cérebro possui regiões específicas para determinadas funções, como a região da visão, região da fala, região da audição, região da sensibilidade, região dos movimentos do braço, da boca, da perna, do equilíbrio, das emoções, da dor e é possível estimular ou inibir determinada região cerebral dependendo do quadro clínico apresentado pelo paciente. É possível tratar a depressão focando o campo magnético sobre a região dorsolateral pré frontal esquerda do cérebro, uma área que está intimamente relacionada com o prazer, as atividades cognitivas o bem-estar e a iniciativa. Nos processos depressivos, a atividade elétrica nessa região está inibida e quando nós estimulamos de maneira excitatória com a EMT, é possível mudar a clínica da depressão com essa estimulação. 

De igual modo, caso um paciente possua transtorno auditivo alucinatório, é possível colocar o campo magnético na região da transição da área da audição e do pensamento, de forma inibitória impedindo a propagação das vozes na cabeça do paciente. Também é possível posicionar na região relacionada a uma parte específica de dor do paciente e inibir dores neuropáticas, especialmente à percepção do frio gelado. Similarmente, é possível dispor de maneira excitatória na região motora do cérebro e auxiliar em patologias nas quais o córtex motor está inibido como na fibromialgia ou na doença de Parkinson.

A técnica é contraindicada para quem tem epilepsia não controlada na forma excitatório, para quem tem anormalidades na calota craniana e para quem possui elementos metálicos ferromagnéticos fora ou dentro do crânio.

Um dos poucos efeitos colaterais da técnica é alguma dor no local de aplicação, quando o músculo é ativado pelo campo magnético. Com o ajuste do ângulo da bobina sobre a cabeça é possível solucionar esse desconforto.

A técnica de estimulação magnética transcraniana recebeu aprovação da FDA (órgão de saúde dos EUA) para tratamento de depressão, para o tratamento de transtorno obsessivo compulsivo e para o tratamento de transtorno auditivo alucinatório. Existem evidências crescentes e uma prática bem regular para a estimulação magnética transcraniana, no tratamento da fibromialgia, da enxaqueca na reabilitação cognitiva, no transtorno cognitivo leve, na doença de Alzheimer e também na reabilitação motora na doença de Parkinson

Ressaltamos que, para algumas indicações da estimulação magnética transcraniana como na fibromialgia, na reabilitação cognitiva no TDAH e na reabilitação da doença de Parkinson, a técnica da estimulação magnética transcraniana é mais efetivas quando associada a algum processo terapêutico, como a fisioterapia motora, no caso da fibromialgia, na doença de Parkinson e a reabilitação cognitiva no caso do Alzheimer e do TDAH. 

Indicações

  • Depressão
  • Transtorno Obsessivo compulsivo TOC
  • Comprometimento cognitivo leve CCL ou Alzheimer
  • Transtorno de déficit de atenção TDAH
  • Fibromialgia
  • Enxaqueca crônica
  • Doença de Parkinson
  • Reabilitação de pacientes com sequelas neurológicas

Referências:
  1. Bases da EMT: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1877-0657(15)00079-2
  2. EMT na depressão: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1935-861X(16)30038-9
  3. EMT no Parkinson: http://www.neurology.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=27708129
  4. EMT na reabilitação cognitiva: https://doi.org/10.1111/ane.12223
  5. EMT no TOC: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1935-861X(17)30896-3
  6. EMT na Fibromialgia: https://doi.org/10.1002/ejp.1213
  7. EMT na Fibromialgia: https://academic.oup.com/brain/article-lookup/doi/10.1093/brain/awm189
  8. EMT no desempenho cognitivo: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1053811913006447?via%3Dihub

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